Reconhecendo que a poesia é um valor e um símbolo da criatividade do espírito humano, em 1999, a UNESCO proclamava, em Paris, a decisão de celebrar o dia 21 de março como Dia Mundial da Poesia.
Este ano, é já no próximo domingo que se assinala o Dia Mundial da Poesia. Assinalamos o dia destacando a coleção «Plural», uma coleção inteiramente dedicada à poesia e aos poetas. Uma coleção que é fruto da criação de Vasco Graça Moura, também ele poeta. Quando em 1982 Graça Moura era administrador e responsável pelo pelouro editorial na INCM, cria a «Plural» dando guarida a obras de novos, mas já promissores autores, que tinham nesta coleção a primeira oportunidade de publicação. Entre os títulos publicados encontram-se obras de ficção, ensaio, dramaturgia, artes plásticas, mas sobretudo poesia.
Em 2015, com a criação do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura, a coleção renasce com o desígnio de publicar obras de indubitável qualidade, que não encontraram ainda a justa oportunidade de publicação ou que são de acesso difícil para o público português.
A coleção «Plural» continua hoje a ser um espaço, tal como a natureza intrínseca do poema, de liberdade, de literatura, de difusão, de pluralidade, de inquietude e questionamento. Em suma, de primavera — de nascimento e de renovação. Conheça os seus títulos mais recentes na brochura que preparámos para si. Aqui.
A poesia não se inventou para cantar o Amor — que de resto não existia ainda quando os primeiros homens cantaram. Ela nasceu com a necessidade de celebrar magnificamente os deuses, e de conservar na memória, pela sedução do ritmo, as leis da tribo. A adoração, ou captação da divindade, e a estabilidade social, eram então os dois altos e únicos cuidados humanos: — e a Poesia tendeu sempre, e tenderá constantemente a resumir, nos conceitos mais puros, mais belos e mais concisos, as ideias que estão interessando e conduzindo os homens.
Eça de Queirós in A Correspondência de Fradique Mendes
As palavras são de um prosador. Haverá elogio maior?