A exposição Imprimere: Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional, foi inaugurada hoje, dia 10 de maio, na Casa do Design, em Matosinhos. Uma extensa mostra documental onde se poderão ver inúmeros instrumentos, máquinas, tecnologias e artefactos que ilustram e traçam a história da produção gráfica em Portugal, desde a Impressão Régia aos nossos dias.
Imprimere: Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional insere-se no âmbito das comemorações dos 250 anos da Imprensa Nacional e é promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos, pela esad — idea, Investigação em Design e Arte e, claro, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) .
A curadoria é da responsabilidade de Rúben Dias, tipógrafo, designer de tipos e docente na ESAD, e de Sofia Meira, designer gráfica e responsável pela Oficina de Tipografia da ESAD, ambos a desenvolver investigação nesta área.
Imprimere: Arte e Processo nos 250 Anos da Imprensa Nacional estará de portas abertas até ao dia 3 de novembro. Vale a pena visitar!
A Imprensa Nacional garante que um conjunto de textos fundamentais para a língua e cultura portuguesas estão disponíveis em edições referenciais e de grande qualidade. Este é, sem dúvida, um desígnio maior na edição em língua portuguesa e é também uma missão relevante para Portugal e para uma língua que se prevê que venha a ser uma das cinco que mais crescerá até ao final do século XXI.
Gonçalo Caseiro
Presidente do Conselho de Administração da INCM
Aproveitando a oportunidade de evocação dos 250 anos da Imprensa Nacional, este volume apresenta um esforço global e sistematizado de recolha de materiais, equipamentos, documentos e memórias profissionais que dão a conhecer o património da indústria gráfica em Portugal, do qual faz parte a Imprensa Nacional, reinterpretando-os à luz das práticas e do ensino contemporâneo, hoje estruturado ao nível do ensino superior e com uma importância central, nomeadamente nas áreas de formação em design. Entre os materiais apresentados, a história da Imprensa Nacional faz-se reconhecer através da sua fundição de tipo, da gravura, da litografia, do património tecnológico e dos vários exemplos de livros, documentos e obras artísticas produzidos desde 1768.
Duarte Azinheira
Diretor da Unidade de Publicações da INCM
O alvará régio de 24 de dezembro de 1768 determinou que desde logo fosse «[…] erigida uma Oficina Tipográfica, a qual possa fazer-se útil e respeitável pela perfeição dos carateres, e pela abundância e asseio das suas impressões».3 Em março do ano seguinte, a nova oficina deu início aos primeiros trabalhos de impressão e à história que agora celebra 250 anos.
Evocar os 250 anos de história da Imprensa Nacional passa, pois, por perceber e valorizar a sua memória profissional e o seu papel no contexto nacional, enquanto estabelecimento industrial do Estado, escola de artes gráficas, agente de promoção do ensino, do conhecimento, da língua e da cultura portuguesa, e enquanto editora pública que tem vindo a reforçar e a reafirmar o seu papel.
Maria Inês Queiroz e Inês José
Investigadoras do Instituto de História Contemporânea
da FCSH/UNL
Procura-se nesta exposição recuperar o conhecimento passado outrora entre mestre e aprendiz, tanto numa perspetiva de redescoberta como de reinterpretação para o presente. O espaço físico e a amplitude do espólio a exibir obrigam a uma seleção de conteúdos, procurando-se, através da narrativa de construção do livro e do percurso incontornável da Imprensa Nacional, demonstrar a relevância dos vários processos técnicos para as artes gráficas em geral, desde a era pré-industrial até ao computer to plate.
Curadores da exposição
Curiosidade: Imprimere — do latim imprimir, marcar, cravar, afundar — explora de forma didática os principais processos, técnicas e tecnologias de artes gráficas subentendidas à produção do livro, sob sete perspetivas: Papel, Tipo, Tipografia, Calcografia, Serigrafia, Litografia e Encadernação.