Inocência Mata (Presidente)

Natural de São Tomé e Príncipe, Inocência Mata é professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas, sendo atualmente diretora do Programa de Pós-Graduação de Língua e Cultura Portuguesa – Português como Língua Estrangeira/Língua Segunda. É doutora em Letras pela Universidade de Lisboa e em Estudos Pós-Coloniais (Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization, Universidade de Califórnia, Berkeley).

Investigadora do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa (CEComp), membro de associações de especialidade nacionais e internacionais e membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa – Classe de Letras, da Academia Angolana de Letras e da Academia Galega de Língua Portuguesa. É membro da Associação Internacional de Literatura Comparada, da Association por L’Étude des Literatures Africaines (França), da Associação Internacional de Estudos Africanos (AFROLIC, Brasil), da Associação Internacional de Lusitanistas, da Associação Portuguesa de Literatura Comparada e da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa (AILP-CSH), de que foi membro do Conselho de Política Científica.

Membro fundador da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe (UNEAS) e sócia honorária da Associação de Escritores Angolanos (UEA). No Centro de Estudos Comparatistas (CEComp), onde é investigadora sénior, coordena o projeto de investigação Gender, Normativity, Representations (GENORE) e o projecto FCT I&D The Portuguese Colonial Literature: Beyond the Memory of the Empire.

Professora convidada em diversas instituições por todo o mundo, como a Universidade de Macau, onde até 2017 foi subdiretora do Departamento de Português, tem lecionado e publicado nas áreas Literaturas em Português, Literaturas Africanas, Literatura-Mundo, Estudos Pós-coloniais, Estudos Culturais e Estudos Interculturais.

Membro do conselho editorial e consultivo de muitas revistas de especialidade, Já́ foi distinguida com vários prémios, entre os quais o PRÉMIO FEMINA 2015, a Distinção, em 2021, «Mulheres Cientistas Sociais que Inspiram» da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa (AILPcsh), Mulheres na Ciência 2024 da Ciência Viva (Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica), da Associação Internacional de Estudos Literários e Culturais Africanos (AFROLIC), o Prémio Guerra Junqueiro/Ensaio, entre muitos outros nas áreas académica e sociocultural. Integra ainda a PowerList BANTUMEN 100 2025.

 

Conceição Lima

Conceição Lima nasceu em Santana, na ilha de São Tomé, São Tomé e Príncipe, a 8 de dezembro de 1961. Jornalista, poetisa e cronista, é Embaixadora da Cultura de São Tomé e Príncipe, membro e fundadora da União Nacional dos Escritores e Artistas São-tomenses, UNEAS, coordenadora nacional do Movimento Poético Mundial para São Tomé e Príncipe e membro correspondente da Academia de Letras do Brasil. Licenciada em Estudos Africanos, Portugueses e Brasileiros pelo King’s College of London, possui o grau de Mestre em Estudos Africanos, com especialização em Governos e Políticas na África Subsaariana, pela School of Oriental and African Studies, SOAS, Londres.

Autora dos livros O Útero da Casa, A Dolorosa Raiz do Micondó, O País de Akendenguê e Quando Florirem Salambás no Tecto do Pico (poesia), de O Mundo Visto do Meio – Crónicas Seguidas de Um Auto do Século XX e de Quando os Cães Deixaram de Falar e Outras Fábulas Universais.

Tem livros e poemas traduzidos para o alemão, árabe, checo, espanhol, francês, galego, inglês, italiano, neerlandês, russo, servo-croata e turco, sendo o nome mais traduzido da literatura são-tomense. Em 2022, nos Estados Unidos da América, o seu poema Afroinsularidade, do livro O Útero da Casa, venceu, ex aequo, o concurso Poems in Translation, coorganizado pela Academia Americana de Poetas e pela revista Words Without Borders. Prémio de Literatura Dramática Isaura Carvalho promovido pela Roça Mundo, com a peça Um Confronto Imaginado e uma Profecia. Prémio Guerra Junqueiro da Lusofonia. Em setembro de 2025, a sua antologia No Gods Live Here, organizada e traduzida por David Shook, venceu a 44.ª edição do Northern California Book Awards, na categoria de obra traduzida.

Leciona História dos Media no Instituto Superior de Ciências da Comunicação, Universidade de São Tomé e Príncipe.

 

Afonso Reis Cabral

Afonso Reis Cabral nasceu em 1990. Aos 15 anos publicou o livro de poesia Condensação.

É licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos, fez mestrado na mesma área e tem uma pós-graduação em Escrita de Ficção.

Foi duas vezes à Alemanha de camião TIR em busca de uma história, a primeira das quais aos 13 anos. Trabalhou numa vacaria, num escritório de turismo e num alfarrabista.

Em 2014, ganhou o Prémio LeYa com o romance O Meu Irmão. No final de 2018, publicou o seu segundo romance, Pão de Açúcar, com forte acolhimento por parte da crítica e vencedor do Prémio Literário José Saramago – Fundação Círculo de Leitores em 2019.

Entre abril e maio de 2019, percorreu Portugal a pé ao longo dos 738,5 quilómetros da Estrada Nacional 2, de que resultou o livro Leva-me Contigo – Portugal a pé pela Estrada Nacional 2.

As suas obras encontram-se traduzidas em várias línguas. Tem contribuído com dezenas de textos para as mais variadas publicações. É colunista do Jornal de Notícias, semanalmente, com a rúbrica «Ansiedade Crónica», e participa no programa «Cinco à Quinta», da Antena 1.

Em setembro de 2025, publicou o seu romance mais recente, O Último Avô.

É presidente da Fundação Eça de Queiroz e trabalha como editor freelancer.