Adolfo Victor Casais Monteiro (1908-1972) nasceu a 4 de julho, na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto, onde se formou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1933. Nos seus tempos de universidade, privou com figuras como Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva, Damião Peres, Delfim Santos, Álvaro Ribeiro, Santana Dionísio entre outros. Ainda estudante começou a colaborar na revista Águia e iniciou a sua ação política no movimento Renovação Democrática. Em 1931, entrou para a direção da revista Presença, após a saída de Miguel Torga e Branquinho da Fonseca. Foi codiretor da revista juntamente com José Régio e João Gaspar Simões, e foi aqui que os seus escritos começaram a ganhar notoriedade.
Não conformado com o regime político português, viu-se forçado ao exílio. Em 1954, radicou-se no Brasil e adquiriu cidadania brasileira. No Rio de Janeiro e em São Paulo foi professor de Teoria da Literatura e História da Literatura Portuguesa (em particular contemporânea). Estas áreas permitiram-lhe um olhar atual sobre a realidade portuguesa. Lecionou durante um semestre em Madison, nos Estados Unidos da América, em substituição do seu amigo e também escritor exilado Jorge de Sena.
A par do ensino, Adolfo Casais Monteiro desenvolveu uma profícua atividade ensaística e de crítica literária. De estilo fragmentário e coloquial Adolfo Casais Monteiro é considerado um dos poetas mais modernos do movimento da Presença. Sem que tivesse voltado a Portugal, Adolfo Casais Monteiro viria a falecer devido a problemas cardíacos em São Paulo, no dia 24 de julho de 1972.
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