
Provas dos Diversos Typos, Vinhetas e Ornatos typographicos da Imprensa Nacional, 1838.
Desde a sua criação e até à década de 1980, a Imprensa Nacional manteve em funcionamento uma fundição de tipos (ou fábrica de letra) que não só fornecia as suas oficinas tipografias mas também outras oficinas do País.
Em meados da década de 1830, sob a administração de Liberato Freire de Carvalho, a Imprensa Nacional aumentou a oferta de tipos da sua Fundição. Esta melhoria surgiu no contexto de afirmação do liberalismo e das primeiras leis de liberdade de imprensa que conduziram ao crescimento do número de tipografias à escala nacional.
Como resultado da melhoria de produção, a Imprensa Nacional publicou em 1838 o seu primeiro catálogo de tipos, vinhetas e ornatos tipográficos contendo as P<i>rovas dos Diversos Typos, Vinhetas e Ornatos Typographicos,onde se anunciava:
Como geralmente se não sabe que na Imprensa Nacional se fundem e vendem tipos e ornatos de diversas qualidades, publica-se este caderno para que as pessoas, que preferem produtos portugueses aos estrangeiros, possam fornecer-se deles quando lhes convier, e por este modo animar a indústria nacional.
Este espécime reunia 90 páginas de tipos de letra, incluindo Breviário, Breviário Grosso, Interduo, Leitura e Parangona, coleções de grego, árabe e hebraico, e ainda uma larga oferta de colchetes, vinhetas e emblemas. Com o seu primeiro catálogo, a Fundição da Imprensa iniciou um novo ciclo de vida, apresentando um desenho moderno de tipos serifados, correspondente ao estilo Didone, e deixando definitivamente para trás os tipos setecentistas desenvolvidos por Villeneuve e Belinque.