Indústria, Arte e Letras, de Maria Inês Queiroz, Inês José e Diogo Ferreira, evoca os 250 anos da Imprensa Nacional, cruzando o seu percurso com a história do nosso País. Esta importantíssima obra da Imprensa Nacional é apresentada já esta quarta-feira, dia 18 de dezembro, pelas 18:00h, na Biblioteca da Imprensa Nacional. A sessão conta com a presença dos autores e com a apresentação da Sr.ª Professora Maria Fernanda Rollo.
A entrada é gratuita.
Organizada em 13 capítulos amplamente ilustrados, a obra acompanha a história da editora pública desde a sua criação, em 24 de dezembro de 1768, até ao presente, percorrendo o seu papel no setor das artes gráficas, da indústria do livro e da formação profissional.
A estes capítulos associam-se ainda uma extensa cronologia e um conjunto de histórias, memórias e curiosidades que vão sendo assinaladas ao longo do texto. O estudo resulta do trabalho de investigação desenvolvido ao longo de dois anos e que reuniu uma equipa de investigadores da Universidade Nova de Lisboa, coordenada por Maria Inês Queiroz.
A história da Imprensa Nacional cruzou-se com a história do país, variando em função das principais transformações políticas e económicas e de mudanças socioculturais que, no seu conjunto, se refletiram na sua produção editorial. Desde logo, no plano profissional, merece especial destaque o papel que assumiu no ensino das artes gráficas, tornando-se uma referência à escala nacional. Com efeito, a Impressão Régia foi criada como tipografia e fábrica de letra mas também incumbida de assegurar o ensino nas oficinas, nas quais foram formados, por mais de dois séculos, gravadores, compositores, impressores,fundidores de tipo e litógrafos, entre outros tantos profissionais que
contribuíram para a sua reputação técnica e artística. Deste modo, ao vasto património editorial e documental, associou-se uma cultura profissional própria que integrou ainda recursos e competências de outras tipografias do Estado absorvidas pela Imprensa Nacional ao longo da história. Refiram-se, a título de exemplo, as tipografias da Casa Literária do Arco do Cego e da Biblioteca Nacional e a Imprensa da Universidade de Coimbra. Por outro lado, importa também sublinhar que a Imprensa Nacional atravessou contextos tecnológicos muito distintos, com processos muito variáveis de modernização das suas oficinas, dependendo da valorização e do investimento por parte do Estado assim como do grau de autonomia institucional e financeira que lhe foi sendo atribuída.
Maria Inês Queiroz in «Introdução»