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A apresentação pública da edição crítica de Mensagem e Poemas Publicados em Vida, de Fernando Pessoa, é já na próxima terça-feira, dia 12 de março, pelas 18h00, na Biblioteca Nacional.
A apresentação fica a cargo dos académicos Luiz Fagundes Duarte e Ivo Castro.
Mensagem e Poemas Publicados em Vida é o mais recente volume do projeto Edição Crítica de Fernando Pessoa, publicada pela Imprensa Nacional e coordenada por Ivo Castro.
Ocupa-se este volume dos poemas ortónimos publicados em vida do autor, sendo o critério de ordenação dos mesmos o da data da sua primeira publicação.
Dividida em três partes: na primeira, os poemas publicados, soltos ou em pequenos conjuntos, entre 1902 e 1935, respeitando os conjuntos e a devida cronologia de publicação; na segunda, a Mensagem, com a estrutura original; e na terceira, as traduções, também por ordem cronológica da publicação. Assim, ao longo de 514 páginas, o leitor poderá encontrar, além dos poemas referidos também as traduções identificadas que Pessoa fez de poetas gregos (antigos), ingleses, americanos, espanhóis e … uruguaios! E, claro, todos devidamente acompanhados pelo aparato crítico de Luiz Fagundes Duarte, responsável por esta edição.
A propósito desta publicação refere Luiz Fagundes Duarte:
«Para ser sincero, nesta edição não encontrareis grandes novidades: é curto e naturalmente delimitado o universo das poesias que Fernando Pessoa publicou em vida com o seu nome, e todos vós, com eventual exceção de um ou outro caso, as conheceis de cor e salteado — «Mensagem» incluída, que aqui recupera o seu lugar natural e cronológico na carreira poética do autor. O que encontrareis, antes, é o desfile de grandes e menos grandes poemas, com as suas histórias internas, que começa com umas quadrazinhas de um miúdo de 14 anos e se encerra com um «Conselho» de um homem em fim de vida:
«Faze de ti um duplo sêr guardado;
E que ninguém, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu és
Um jardim ostensivo e reservado,
Por trás do qual a flor nativa roça
A erva tam pobre que nem tu a vês…»
Não falte! Contamos consigo. A entrada é livre.