É já no próximo dia 14 de junho, pelas 18 horas, de Maputo, que serão apresentadas no Camões – Centro Cultural Português daquela cidade as obras distinguidas na 2.ª edição do Prémio Literário Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM)/Eugénio Lisboa: Saga d’Ouro, da autoria de Aurélio Furdela (obra vencedora), e Sonhos Manchados, Sonhos Vividos, de Agnaldo Bata (menção honrosa).
O académico Abudo Machude apresentará a obra Saga d’Ouro, de Aurélio Furdela, cabendo a Duarte Azinheira, diretor da Unidade de Edição e Cultura da INCM, a apresentação da obra Sonhos Manchados, Sonhos Vividos, de Agnaldo Bata.
O júri, constituído pelo escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, na qualidade de Presidente, pela académica Teresa Manjate e por Paula Mendes, editora-chefe da INCM, deliberou atribuir o prémio a Aurélio Furdela pela escrita acurada a nível linguístico e também pelo manifesto domínio sobre as técnicas narrativas.
Por seu turno, a atribuição de menção honrosa a Sonhos Manchados, Sonhos Vividos justifica-se pela criatividade, a nível temático, da obra apresentada a concurso por Agnaldo Bata.
Recorde-se que o galardão foi instituído em 2017 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), com o apoio do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, e destina-se a premiar trabalhos literários inéditos, em prosa, de autores moçambicanos. O Prémio INCM/Eugénio Lisboa contempla a edição da obra vencedora pela Imprensa Nacional, bem como a atribuição do valor monetário de 5000 € (cinco mil euros) ao vencedor.
Notas biográficas dos autores:
Aurélio Furdela é escritor, dramaturgo, guionista e letrista. Estreou-se, em 2003, com o livro, De Medo Morreu o Susto, a que se seguiram Gatsi Lucere, O Golo que Meteu o Árbitro e As Hienas também Sorriem. Está representado nas antologias Lusôfonia La Nueva Narrativa in Língua Portoghese, com o conto «Da Mocidade à Velhice de Lacrina», traduzido para italiano, e A Minha Maputo, com o conto «Um Homem com 33 Andares na Cabeça», igualmente inserido na revista brasileira Macondo. Como dramaturgo, escreveu e publicou várias peças originais para o programa de teatro radiofónico Cena Aberta, da Rádio Moçambique, nas quais se destaca «Gatsi Lucere», publicada posteriormente em livro pela AMOLP (2005). Autor de duas radionovelas, no âmbito do programa N’weti em Moçambique. Como letrista, salienta-se da sua lavra a autoria da canção oficial da X Edição do Festival Nacional de Cultura – 2018. Distinguido com Prémio Revelação de Literatura AEMO/Instituto Camões (2003); Prémio Revelação de Texto Dramático AMOLP/Instituto Camões (2003); Prémio Revelação da Revista TVZINE (2003); Prémio Nacional de Texto Dramático sobre HIV (2003) promovido pelo Ministério da Cultura, e Prémio Literário 10 de Novembro (2017), instituído em homenagem à cidade de Maputo. É licenciado em História, pela Universidade Eduardo Mondlane.
Agnaldo Bata nasceu a 3 de Maio de 1991, no Chamanculo, arredores da cidade de Maputo. É licenciado em Sociologia, escreve prosas e peças teatrais, entre as quais se destaca «A Queda do Império de Gaza» apresentada em Moçambique e Angola. É um dos fundadores do grupo teatral Skhendla, sediado nos subúrbios da cidade de Maputo e com presença constante no Festival Internacional do Teatro de Inverno, organizado pela associação Girassol. Em 2015 foi premiado no Concurso Literário dos 40 anos do Banco de Moçambique na categoria de Romance com a obra Na Terra dos Sonhos, que veio a ser editada e publicada pela Alcance Editores em 2017, sendo esta a sua obra de estreia.