Edição em dois tomos, publicada pela Impressão Régia entre 1816 e 1827.
O botânico Félix de Avelar Brotero (nascido Félix da Silva Avelar, 1744-1828) foi professor de Botânica e Agricultura na Universidade de Coimbra. O seu pensamento filosófico forçou-o ao exílio em Paris, em 1778, onde aprofundou a formação em ciências naturais e adotou o apelido «Brotero» («amante dos mortais»), obtendo depois o doutoramento pela Escola de Medicina da Universidade de Reims. Acabaria por se concentrar no estudo da Botânica, que prosseguiu no regresso a Lisboa, em 1790.
Do seu trabalho de investigação resultaram inúmeras obras, entre as quais se destacam a Flora Lusitanica (1804) e a Phytographia Lusitaniae selectior..., publicada em dois tomos pela Impressão Régia entre 1816 e 1827. Esta última complementou e aprofundou a primeira, que se tornaria uma referência científica para a investigação botânica nacional mas que Brotero considerou incompleta, acrescentando novas espécies e ilustrações à publicação iniciada em 1816.
Sabe-se, no entanto, que um primeiro fascículo da Phytographia Lusitaniae, foi publicado anteriormente pela Tipografia do Arco do Cego, do qual a Biblioteca da Imprensa Nacional guarda também um exemplar, com data de 1801. Esta primeira edição terá tido pouca difusão e, possivelmente, foi retirada de circulação pelo próprio autor.
Biblioteca da Imprensa Nacional: 04-1-C-2-1/023-024
Fotografias de Nuno Silva (INCM). Coleção Imprensa Nacional-Casa da Moeda.