Album of the Lithographic Compartment in the National Printing Office at Lisbon [década de 1860].
O processo litográfico foi introduzido na Imprensa Nacional no final da década de 1830, destinando-se então sobretudo ao fabrico de cartas de jogar. Algumas décadas mais tarde, em meados do século xıx, a litografia passou a ser utilizada de forma mais sistemática noutro tipo de materiais gráficos como publicações oficiais e material cartográfico, nomeadamente as cartas anexas ao Boletim das Obras Públicas, aos Anais do Conselho Ultramarino ou à Colecção de Tratados e Convenções, produzidas pelo desenhador e gravador litógrafo efetivo, o capitão de artilharia José Maria Cabral Calheiros.
Na década de 1860, a Imprensa Nacional reunia 24 artistas dedicados à litografia e cartas de jogar, além de outros desenhadores e coloristas externos que colaboravam com a oficina.
Entre os diversos álbuns litográficos que hoje fazem parte do acervo da Imprensa Nacional, este encontra-se encadernado com identificação em inglês — possivelmente por fazer parte do conjunto de trabalhos apresentados na Exposição Internacional de Londres de 1862.
O álbum inclui uma carta projeto de construção do Porto de Setúbal (post. 1852), com desenho de V. J. Correia, litografado por Calheiros, bem como um fac‑símile de um mapa de África Ocidental «Extraído do Atlas M.S. feito por Diogo Homem em 1558 existente no Museu Britânico publicado pelo Conde de Lavradio em 1860».
Fotografias de Nuno Silva (INCM). Coleção Imprensa Nacional-Casa da Moeda.