“(…) Em 11 do mês próximo passado tive a honra de oficiar a V. E. relativamente à malfadada questão da Imprensa Nacional com os herdeiros de Francisco Xavier de Carvalho que foi comissário da mesma Imprensa, alcançado em mais de 2 000.000. Infelizmente não tive resposta e por que me consta que há muito tempo existe no Cofre de Torres Vedras o produto de arrematação de nova propriedade daqueles herdeiros que se lhe penhoraram por para pagamento da divida; constando-me também que não foi atendida uma preferência que se oferecera a este respeito: vou por isso rogar a V.E. que se digne de dar as suas ordens para que entre no Cofre desta casa aquele produto da venda de propriedade, prosseguindo a execução até completo pagamento da divida. Permita-me V. E. que eu lhe diga que neste negócio tem havido circunstâncias que fazem duvidar da exactidão das autoridades subalternas respectivas, e reclamo de V. E. providências por que não continuem tais abusos.
(…) 13 de Agosto de 1849.
Ill.mo e Ex.mo Sr. Provedor Régio da Relação de Lisboa.
O Administrador Geral
F. A. P. M.”
(documento 339 – Numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa, uma vez que estes só estão numerados até ao 296)
Observações: Outro ofício, datado de 4 de Setembro, indicava que o Administrador Geral nunca tinha recebido a informação da quantidade de dinheiro que se encontrava no cofre de Torres Vedras, solicitando-se que fossem tomadas medidas para o efeito e para que o valor fosse transferido para o cofre da Imprensa Nacional. Idem, documento 340 [Numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa, uma vez que estes só estão numerados até ao 296]