Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    057
  • Tipo de documento
    Requisição
  • De:
    Administrador Geral
  • Para:
    Ministro do Reino
Transcrição

“Para o Ministro do Reino

(…) Acabo de receber ordem de V. Exª ., para satisfazer a uma requisição urgentissima, que espero preencher em poucas horas; outras como esta me serão naturalmente feitas como exigirem as circunstâncias extraordinárias actuais. Julgo indispensável lembrar a V. Ex.ª, que todos os empregados nesta casa, com duas ou três excepções, se acham compreendidos nos diferentes Decretos de chamamento ao serviço militar, e que haverá dias, e talvez muitos, em que os trabalhos desta Repartição, alguns dos quais são de suma importância, e urgência, fiquem interrompidos. Nenhum Empregado desta casa deseja, subtrair-se a tomar as armas para defesa do País, por que todos se honram de merecer o nome de Português, entretanto para a maior parte será incompatível aquele serviço com os trabalhos tipográficos; recorro portanto a V. Ex-ª, para que comparando a necessidade dos diferentes serviços que a causa publica reclama, se sirva dizer-me se o deste Estabelecimento deve cessar, ou para que entendendo V. Exª que é necessario, que ele continue se sirva dar quanto antes as providencias eu julgar oportunas, para que cesse a incompatibilidade a que me refiro. (…) Lisboa e etc., 14 de Dezembro de 1840. = Ill.mo e Ex.mo Snr. Rodrigo da Fonseca Magalhães. No impedimento digo a Administrador Geral José Frederico Pereira Marecos” (p. 40)

Observações: Em ofíciode 17 de Dezembro, o Administrador Geral reiterava esta preocupação ao Ministro do Reino, afirmando que “Esta falta de dois dias apenas [dos empregados que estavam alistados], tem produzido já considerável trantorno que se continuar do mesmo modo terão até de suspender-se inteiramente os trabalhos neste Estabelecimento”. (pp. 40v.-41). A 23 de Dezembro, novo ofício do Administrador Geral apontava que as providencias para a dispensa dos empregados ainda não se tinham tornado efectivas, tendo, por isso, “os urgentes trabalhos de parar” por falta de pessoal. (p. 41) Por fim, a 29 de Dezembro, foi enviada ao Ministério do Reino a a Relação dos empregados e operários do estabelecimento que precisavam de ser dispensados do serviços militar (pp. 41 v.-42). Idem, pp. 40 v. – 42.