“Ao Ministro da Fazenda

Ill.mo e Ex.mo Snr. = Ainda que lembrado do que V. Ex.ª me prometeu quando me disse que no dia 7 do corrente me mandaria dar mais um conto de reis, eu até aogora nã me tenho resolvido a lembrar a V. Ex.ª esta promessa em atenção aos desgraçados acontecimento que tem ocorrido. Contudo a necesidade urge, está-se pedindo o juramento da Constituição e por consequencia a sua publicação, e eu acho-me sem meios para satisfazer a esta última, necessária e indispensável despesa, que há-de ser considerável. A divida de papel em que se acha já comprometida esta Repartição, e por conseguinte também o meu nome é de 6:025.340 réis e ppr isso nem é possível, nem decoroso para mim obter mais créditos a este respeito. Eu conheço perfeitamente o estado das coisas, e com especialidade a situação de V. Ex.ª mas na crise actual é necessário remover esta dificuldade da publicação da Constituição por qualquer modo que seja, e eu espero que V. Ex.ª não só pela urgência do negócio, mas até por amizade me tire do rerrivel embaraço em que me acho. (…) Lisboa e Administração Geral da Imprensa Nacional 16 de Março de 1838 = Ill.mo e Ex.mo Snr. = João d’Oliveira Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda = José Liberato Freire de Carvalho.” (pp. 34 – 34 v.)