“Ministério do Reino = 1ª Direcção = 1ª Repartição (…) Sua Magestade A Rainha atendendo ao que lhe representaram o Inspector Geral dos Teatros e Administrador Geral da Imprensa Nacional sobre a adopção de um opusculo para as aulas da Escola de Musica do Conservatório Real de Lisboa, e bem assim a respeito do pagamento da despesa com a sua impressão: Há por bem ordenar o seguinte: 1º – O opusculo intitulado – Princípios Elementares de Música – por Domingos Luís Laureti – dado à estampa na oficina litográfica da Imprensa Nacional desta cidade, é autorizado para servir de compendio nas aulas de rudimentos da Escola de Música no Conservatório Real de Lisboa: 2º = A Imprensa Nacional de Lisboa, tirando mil exemplares deste compendio, fará entega deles, à Inspecção Geral dos Teatros, em duas porções de quinhentos exemplares, recebendo da mesma Inspecção no actp de cada uma das entregas, a quantia de noventa e seis mil réis, e resto da importancia total da obra, na quantia de setenta e sete mil novecentos e sessenta e três réis, lhe será pago sucessivamente pelo produto da venda dos mesmo exemplares. 3ª – O compendio será vendido aos alunos das respectivas avulsas da Escola de Musica pelo preço de quatrocentos e outenta reis; – e o produto desta venda, e da que fizer fora do Estabelecimento, entrará no cofre para ter a devida aplicação, depois de pagas as despesas mencionadas no artigo antecedente, fazendo-se de tudo a necessaria escrituração. 4º – Será remetido, pela Inspecção Geral dos Teatros, um exemplar do mencionado compendio de Musica, a cada uma das Bibliotecas Nacionais de Lisboa – Porto – Coimbra – Braga e Évora; enviando-se por este Ministério um deles ao Conselho Superior de Instrução Pública – O que se participa ao Administrador Geral da Imprensa Nacional de Lisboa, para sua inteligencia e execução na parte que lhe toca. = Paço de Belém em 28 de Janeiro de 1845. = António Bernardo da Costa Cabral” (pp. 56 v. – 57)

Observações: A impressão do escrito na Imprensa Nacional, “Principios elementares de Música”, fora solicitada pelo Conservatório Real de Lisboa, em Março de 1843. Por ofício de 20 de Setembro de 1843, o livro seria mandado litografar no mesmo estabelecimento. Cf. AHIN, Registo de decretos, avisos e ordens, lv.9 (1840-1845), 385, pp. 39-40 e pp. 47 v. – 48