“El Rei Nosso Senhor Manda remeter a V. S.ª (…) o oficio que e me dirigira pelo Ministro dos Negócios da Guerra em data de 31 de Julho último, á cerca das ordens expedidas aos Generais das Provincias, sobre a extinção do Contrabando das Cartas de jogar, e da necessidade que há de se saber ao certo o actual numero d’Estanqueiros em todo o Reino, para o fim que se refere: É servido que V. S.ª informe, a este respeito nos termos, e com a individuação mencionada no dito oficio, remetendo a Relação deles por Provincias, como se exige, a fim de se satisfazer á requisição que se faz ao dito efeito. (…) Palácio de Queluz em 3 de Agosto de 1830 = Conde de Basto = Snr. Joaquim Antonio Xavier Anes da Costa
(…)
Cópia do Oficio supracitado
Ill.mo e Ex.mo Snr. = Tendo-se expedido as competentes ordens aos Generais das Provincias, á cerca da extinção do Contrabando das Cartas de Jogar, como a V. Ex.ª participei na dita d’ontem; tenho a observar a V. Ex.ª que, para prevenir abusos que se podem seguir de neste ramo se aumentar consideravelmenteo numero dos Privilegiados da Real Fábrica das Cartas de Jogar, se faz necessario que V. Ex.ª se sirva expedir as convenientes Ordens, para que se remeta a esta Secretaria d’Estado uma relação, por Pronvincias dos Estanqueiros que há actualmente neste Reino, e no do Algarve; e ao mesmo tempo rogo a V. Ex.ª me queira dizer qual é o numero dos mesmos Estanqueiros concedido; a fim de que não fique ao arbitrio dos Administradores da mesma Real Fábrica o darem numerações, ao seu capricho; porque, de semelhante abuso, se seguirá não encontrar senão privilegiados na ocasião do apuro para o recrutamento. (…) Secretaria d’Estado dos Negócios da Guerra em 31 de Juho de 1830 = Conde de S. Lourenço = Ill.mo e Ex.mo Snr. Conde de Basto = Gaspar Feliciano de Morais” (pp. 129-130)