“(…) A conta da despesa feita por esta Repartição com os impressos para o Tesouro Público no mês passado absorve com insignificante diferença o último adiantamento de 1:000.000 réis, que V. Ex.ª se dignou mandar fazer-lhe, e não a tenho já levado à presença de V. Ex.ª porque espero que se acabem algumas outras impressões para o mesmo Tesouro, que estão a concluir, e que para não multiplicar o trabalho sem necessidade pretendo compreender na dita conta – Consta-me que em breve me vai ser remetida para se imprimir, a conta do Ministério da Fazenda de 1842-1843, e para o custeamento deste trabalho, que é dispendioso, assim como para outros que exigem prévio desembolso, acho-me inteiramente distituído de recursos; porque as principais fontes de rendimento desta casa pouco ou nada tem produzido. O trabalho para particulares tem consideravelmente escasseado, e o adiamento das Cortes tem suspendido os interesses que lhe provinham dos muitos impressos, em que durante as sessões ela se ocupa. No estado excepcional e que se acha este Estabelecimento, ligado a satisfação das obrigações extraordinárias que contraíra para o seu melhoramento, mal pode ele se V. Ex.ª se não dignar continuar-lhe a eficaz protecção com que o tem auxiliado progredir no seu andamento. Espero que dentro em poucos meses estará ele habilitado para não carecer de tão especiais favores, mas espero também do ilustrado e generoso patriotismo de V. Ex.ª, que enquanto não chegar essa época o não deixará laborar em dificuldades, que só a poderosa mão do Governo pode ajudar-me a vencer. Rogo portanto a V. Ex.ª que pelos indicados motivos, e para os fins que mencionei, se sirva mandar-me dar 1:500.000 réis, que serão sucessivamente amortizados pelo encontro das despesas das impressões do Tesouro. (…) Lisboa etc.ª 19 de Agosto de 1844. = Ill.mo e Ex.mo Snr. Barão do Tojal. = O Administrador Geral J. F. P. Marecos.” (pp. 78-79)