Detalhes de documento

  • Arquivo
    INCM/Arquivo Histórico da Imprensa Nacional
  • Cota
    s.c.
  • Tipo de documento
    Ofício
  • De:
    Administrador Geral
  • Para:
    Ministério do Reino
Transcrição

“(…) Na data de hoje tive a honra de remeter a V.E. um oficio acompanhado da conta da despesa feita pela pelo Cofre desta Administração Geral com vários impressos, em satisfação de ordens do Ministério do Reino, na importância de rs. 617.671 , tendo remetido em 12 de agosto ultimo outra contra de rs. 648.361. Em 12 de Setemro do ano enviei igualmente uma conta da quantia de rs. 1:050.357, formando estas três adições rs. 2:316.389 por conta das quais têm entrado no Cofre desta Casa a quantia de rs. 1:200.000; devendo por consequência o Ministéro do Reino à Imprensa Nacional, pelas contas remetidas, somente desde 12 de Setembro passado, até ao presente, a importância de rs. 1:116.389. Ora esta quantia junta à da antiga dívida do mesmo Ministério a esta Casa de rs. 12 600.189 perfaz a soma de rs. 13.716.587!! Já vê pois V. E. que a diminuta prestação de 100 rs mensais, que se acha estabelecida por pagamento dos impressos do Ministério do Reino à Imprensa Nacional, não chega nem para pagar as recentes, acumulando-se a divida duma maneira que me dificulta, ou antes impossibilita, de satisfazer às ordens do mesmo Ministério sobre as prontificações de impressos. V. E. bem sabe que esta Repartição não levaverba alguma no orçamento do Estado, quando se lhe não pagar o produtode um trabalho não é possível a sua conserbação. Ainda que, pelo mais rigoroso sistema de economia e fiscalização eu tenha procurado pagar as dividas desta Casa, e em realidade muitas tenha pago, não devo deixar de dizer a V. E. que ela tem ainda a divida de muitos contos de reis, como provam as contas documentadas que regularmente remeto ao Ministério do Reino. Entre os credores há uns antigos fornecedores de papel que continuadamente me instam pelo seu pagamento, pronto, ou que pelos menos lhe estabeleça prestações singulares para seu embolso. Eu nada posso fazer, por que não tenho recursos. Consta-me que alguns deles querem recorrer aos meios judiciais para serem embolsados. Nestas circunstâncias venho pedir a V. E. a sua protecção para este util Estabelecimento, a fim de que V. E. ocorra às suas urgentes necessidades, ou aumentando a prestação mensal, de maneira que possa fazer face a pagamentos dos impressos que presentemente se mandam aprontar; ou que estes sejam pagos em presença das contas devidamente processadas, como tem lugar com os impressos de todos o outros Minsitérios, elevando-se para este fim a respectiva verba no próximo orçamento da despesa do Ministério do Reino. Deste modo ficarei habilitado para evitar os vexames e comprometimentos a que estou exposto, embora me continuem a faltar os meios para aperfeiçoar os diferentes ramos artisticos desta grande oficina. (…) 13 de Setembro de 1850.

Ill.mo e E.mo Sr. M. e Secretário de Estado dos Negócios do Reino.”

(documento 68 – numeração atribuída aos documentos resultam de contagem nossa. Não se encontram numerados)