[Informação associada ao documento sobre o Plano de reorganização]

«São do conhecimento superior as dificuldades com que este Estabelecimento está trabalhando, dando esta situação lugar a encontrarem-se em atraso alguns trabalhos entre os quais os índices do Diário do Governo.
Têm os serviços burocráticos e os industriais aumentado de ano para ano, como se pode verificar pelos mapas que se transcrevem:

Correspondência entrada
Ano de 1938……………… 21 475 registos
Ano de 1951……….. ……32 478 registos
Ano de 1952 (7 meses)…18 977 registos

[elevado número de diplomas por publicar nas 1.ª e 2.ª séries DG]

Em contraste com o aumento que se verifica nestes mapas, e, para se avaliar das dificuldades a que atrás se faz referência, originando atrasos em trabalhos, o que esta Administração reconhece ser bastante prejudicial, basta dizer que em 1938 o quadro dos funcionários da Secretaria estava completo e hoje resume-se ao Administrador, Tesoureiro e dois contínuos, e que o número de compositores era, nessa data, de 135 unidades, das quais 100 pertenciam ao quadro permanente e 35 às extintas imprensas do Estado, e atualmente estão trabalhando 6 e deslocadas em serviço de escrita e por absoluta necessidade 17. Das extintas imprensas estão, pela sua avançada idade, fora dos quadros, 8 compositores auxiliando serviços.
Em resumo:
Em 1938 encontravam-se 135 compositores
Em 1952 estão trabalhando na Oficina 66 compositores.
Devido a este estado, e porque os trabalhos do Diário do Governo, venda e requisições de impressos, aumentaram, teve esta Administração de relegar para um plano secundário alguns trabalhos, como Legislação (estão impressos 12 semestres esperando apenas os índices remissivo e geral), boletins e índices do Diário do Governo.»