COUTINHO, Rodrigo Domingos de Sousa

Nasceu em Chaves, em 1755.
Foi ministro de Portugal em Berlim, substituiu Melo e Castro, em 24 de março de 1795, como ministro da Marinha e Ultramar, no contexto da aliança portuguesa com a Inglaterra e Espanha, e em 6 de janeiro de 1801 foi nomeado presidente do Real Erário.
Defensor ativo da integridade do «Grande Império do Brasil», compreendeu-o como elemento fundamental de consolidação da monarquia num período de crescentes ambições napoleónicas. Ficou associado à criação da Casa Literária do Arco do Cego, no final do século xvııı, ao incumbir Mariano Veloso de traduzir e divulgar obras úteis aos «estabelecimentos» do Brasil com vista ao melhoramento da sua economia rural e fábricas dependentes. Esteve também associado ao processo de integração posterior desta tipografia na Impressão Régia.
Pelo aviso de 20 de novembro de 1801, a direção da Impressão ficou a cargo do presidente do Real Erário, que era então D. Rodrigo de Sousa Coutinho, a quem coube dirigir a respetiva Junta Económica e Administrativa. Neste processo de administração, contratou Francesco Bartolozzi para mestre de gravura e obteve importantes exclusivos de impressão e circulação de legislação, documentos e normas oficiais. Ficou ainda associado à criação da fábrica de papel de Alenquer.
Acompanhou a partida da Corte para o Brasil e a criação da Impressão Régia do Rio de Janeiro, em 1808, na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1812.