“(….) A Imprensa Nacional teve sempre um Tesoureiro responsável pelo seu cofre: razões de mal entendida economia fizeram suprimir este lugar por Decreto de 29 de Novembro de 1842.
O meu antecessor, meu irmão, sempre zeloso na economica administração desta Casa, iludiu-se quando propôs a supressão daquele lugar; ele conheceria os inconvenientes, e teria reclamado a restituição do mesmo lugar se não morresse pouco tempo depois.
Tenho-me dirigido por diferentes vezes a este Ministério pedindo que se restabeleça o lugar de Tesoureiro da Imprensa Nacional; aduzindo por essas ocasiões muitas razões que tornam absolutamente necessária esta providência os meus oficios de 16 de Novembro de 1850 e de 15 de Fevereiro deste ano provam que o estado da arrecadação e distribuição dos fundos do Cofre deste vasto estabelecimento é irregularissimo, e sem as garantias prescritas em tais circuntancias. Venho pois pedir a V. E. que se digne de toar conhecimento dos ditos meus oficios de 16 de novembro e 15 de Fevereiro ultimos, a fim de que quanto antes seja restabelecido nesta Casa o indispensável lugar de Tesoureiro, para regularidade do servilo, e estrita responsabilidade de quem exercer este cargo, porque que deve prestar a competente fiança, como as Leis estabelecem para todos os exactores da Fazenda.
(…) em 6 de Junho de 1851.
Ill.mo e Ex.mo Sr. José Ferreira Pestana, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino” (nº40)