
5 de fevereiro de 1936
Antestreia, nos Estados Unidos da América, do filme Tempos Modernos que Charles Chaplin realizou e protagonizou. Trata-se do último filme mudo de Chaplin, onde Charlot — a personagem mais icónica do cinema mudo — se debate pela sobrevivência num mundo industrializado, denunciando as condições de vida e trabalho que muitas pessoas enfrentaram durante a Grande Depressão. Em países como a Alemanha ou Itália o filme foi considerado «de tendência comunista» e foi censurado.
Chaplin é uma antiga paixão do Professor José-Augusto França, uma paixão que começou nos anos 1950 e que perdura. Há cerca de três anos José-Augusto França publicou na Imprensa Nacional O Essencial sobre Charles Chaplin e o ano passado publicou Charles Chaplin «O Self-Made-Myth», um ensaio sobre o fenómeno chapliniano e o segundo volume da recente coleção «Biblioteca José-Augusto França», constituída por 16 volumes que correspondem a uma seleção do melhor da obra de José-Augusto França feita pelo próprio José-Augusto França.
Sinopse do livro:
Charles Chaplin, Self-Made-Myth é um ensaio sobre o fenómeno chapliniano e a sua importância moral e mítica. O burlesco de imaginação poética, a liberdade da personagem para além do tempo físico e da projeção da película são reflexões que José-Augusto França vai tecendo ao longo do livro. Escreve o autor «Da sua infância miserável, Chaplin traz necessariamente um duplo desejo: de se isolar dos que o maltratam e de viver num meio amável. Traz o desejo de amar e de ser feliz, mas traz também a fatalidade de não crer na felicidade. Ao propor o “sonho” a Charlot, Chaplin sabe que é apenas um sonho que propõe, perecível ao despertar.» Publicado originalmente em francês, em 1954, mereceu na altura um acolhimento muito favorável da crítica internacional.
Este volume compreende ainda os textos “O último gag de Charles Chaplin”, e “Hitchock Há 100 Anos”.
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