Nome cimeiro do primeiro romantismo português, a par de Almeida Garrett, de quem foi amigo pessoal, impulsionador apaixonado das ideias liberais, paleógrafo e historiador rigoroso, romancista histórico e poeta romântico, assim se pode descrever, em linhas breves, Alexandre Herculano (1810-1877).
Alexandre Herculano nasceu, em Lisboa, a 28 de março de 1810. Depois viveu e lutou por ideais. A intervenção social, o liberalismo convicto e a participação em ações antimiguelistas levaram-no a Inglaterra e em França. Nem o exílio nem a adversidade o desencorajaram de continuar a agir e a escrever. Hoje repousa ao lado dos maiores no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Das suas principais obras destaque para A Harpa do Crente (1838), O Bobo (1843), Poesias (1850), Lendas e Narrativas (1851), História de Portugal(1843-1853) — considerada a primeira história escrita com preocupação de rigor científico —, História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal (1854-1859), A Crente na Liberdade (1860) e Os Infantes em Ceuta (1842).
Em 2010, para assinalar o 2.º centenário do nascimento de Alexandre Herculano, personalidade única da Cultura Portuguesa, a Imprensa Nacional convidou algumas personalidades do meio académico para a difícil tarefa de selecionar o melhor da sua exemplar obra.
Os textos escolhidos integram uma antologia com dois volumes intitulados Alexandre Herculano – o cidadão e o historiador e Alexandre Herculano – o escritor, acompanhados de um opúsculo da autoria de Guilherme d’Oliveira Martins, Alexandre Herculano: mestre-cidadão.
A organização do volume dedicado a Herculano enquanto cidadão e historiador é da responsabilidade de Vitorino Magalhães Godinho, que também assina a introdução, e Eurico Gomes Dias; António M. B. Machado Pires e Maria Helena Santana organizaram e assinam o estudo introdutório do volume dedicado a Herculano escritor.
Três volumes, em caixa:
Alexandre Herculano – o cidadão e o historiador (aprox. 650 pp.)
Alexandre Herculano – o escritor (aprox. 370 pp.)
Herculano: mestre-cidadão (opúsculo)