O livro A Imprensa na Revolução. Os Novos Jornais e as Lutas Políticas de 1975, do investigador Pedro Marques Gomes, editado pela Imprensa Nacional, é apresentado no Auditório Sul da Feira do Livro de Lisboa, no próximo sábado, dia 11 de setembro, pelas 15h00. Apresentam o livro Alberto Arons de Carvalho, Joaquim Letria, José Sasportes e Duarte Azinheira, na presença do autor.
A Imprensa na Revolução. Os Novos Jornais e as Lutas Políticas de 1975 aborda a imprensa durante o processo revolucionário de 1974-1975, em que o país muda radicalmente e em que os jornais participam de forma ativa nessa transformação. «A agitação vivida nas ruas é também vivida nas redações, em permanente ebulição, num tempo em que ficam célebres episódios envolvendo jornais e jornalistas, nos quais dificilmente se distinguiam as fronteiras entre a política e o jornalismo», refere-se no livro.
Através de uma investigação histórica, na consulta de vários arquivos, de imprensa da época e na recolha de testemunhos de jornalistas que então se encontravam nas redações, este livro pretende sobretudo dar a conhecer as circunstâncias em que vão ser criados novos jornais privados, em 1975, as suas motivações e objetivos.
«Com a criação, em 1975, do Jornal Novo, O Jornal, Tempo e A Luta surgem projetos jornalísticos distintos, que, pretendendo ser uma alternativa à Imprensa então estatizada, foram, sob vários aspetos, inovadores e ousados. Foram também polémicos e participaram ativamente no curso dos acontecimentos, assumindo-se como defensores da legitimidade democrática», concluiu o autor, Pedro Marques Gomes, professor na Escola Superior de Comunicação Social e investigador do HTC da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O livro resulta da sua tese de doutoramento em História Contemporânea, a que foi atribuído o Prémio Fundação Mário Soares-Fundação EDP 2019.