Conferência Concerto Objetos que contam histórias: tipografia, gravura e edições que marcaram a revolução
26
Nov 2022
Localização
Imprensa Nacional, Rua da Escola Politécnica, Lisbon, Portugal
Horário19:00 - 20:30
CapacidadeLimitado à capacidade do espaço
EntradaEntrada Livre
A 23 de setembro, celebraram-se os 200 anos da assinatura pelos Deputados Constituintes da nossa 1.ª Constituição, um marco importante da nossa História que definiu a nossa contemporaneidade.
A Academia Portuguesa de Artes Musicais MELLEO HARMONIA, em parceria com a Presidência do Conselho de Ministros, a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia do Lumiar, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o Museu Nacional do Traje, o Museu Nacional do Teatro e da Dança e a Paróquia do Lumiar, promovem a 3.ª edição do MÚSICA NO TERMO, inteiramente votado à celebração dos 200 anos da nossa 1.ª Constituição, com uma programação que se iniciou a 1 de outubro e que se prolonga até ao dia 3 de dezembro.
No âmbito deste Festival, a Biblioteca da Imprensa Nacional vai acolher no dia 26 de novembro, pelas 19 horas, o Quarteto de Sopros MELLEO HARMONIA. O concerto é precedido pela conferência «Objetos que contam histórias: tipografia, gravura e edições que marcaram a revolução», a cargo de Inês Queiroz.
A história da Imprensa Nacional na transição para a monarquia constitucional confunde‑se com a história do nosso país, refletindo a tensão entre liberais e absolutistas, vivendo por dentro resistências e jogos de poder, acompanhando avanços e recuos neste caminho conturbado até à efetiva afirmação do liberalismo. A produção impressa deste período permite mesmo retratar os principais episódios da história da Revolução Liberal, refletida, por exemplo, na encomenda régia de obras como Os Direitos e Deveres do Cidadão, de Gabriel Bonnot de Mably, na legislação publicada ou na impressão de documentação oficial, entre tantas outras. Neste percurso cruza-se também, de modo mais geral, a história das artes gráficas, onde a fundição de letra se adaptou à diversificação dos órgãos de imprensa e a gravura potenciou a afirmação do pensamento liberal. Foi disso exemplo, bastante simbólico, a oferta, pelo gravador puncionista da Imprensa Nacional, Manuel Luís Rodrigues de Viana da gravura e estampa do projeto de Cartas Constitucionais, cuja impressão foi encomendada à Imprensa Nacional pelas cortes gerais extraordinárias, em maio de 1821.