Sessão: «O Passado é um Lugar Estranho: Dever e Memória, Imperativo de Esquecimento»
Organização: INCM | UAb | CIDH | FCT | CLEPLUL | APCA | IAC
Data: Terça-feira, 25 de setembro
Horário: 18 horas
Local: Biblioteca da Imprensa Nacional (Lisboa)
Entrada livre condicionada à capacidade da sala.
«Estamos a descobrir um Salazar completamente novo. Ninguém o conhecia. Um Salazar que era maçon (garante Costa Pimenta), que vivia rodeado de gays (na versão Dacosta, em “As Máscaras de Salazar”), ou um Salazar que era uma espécie de D. Juan (na versão Felícia Cabrita, em “As Mulheres de Salazar”), mas com um longo período de abstinência durante a Segunda Guerra Mundial (diz Freitas do Amaral, no prefácio ao livro da Felícia). Não estou a defender Salazar. Mas está-se a esquecer o que ele foi historicamente. Já entrou no domínio do romance histórico disfarçado de obra científica. O mercado está a ser invadido por este lixo e por uma outra corrente muito típica, que é o memorialismo africano.»
Excerto de uma entrevista que António Araújo concedeu ao semanário Expresso, em 2012.
António Araújo nasceu em Lisboa, em 1966. É licenciado e mestre em Direito e doutor em História. É editor do blogue Malomil, autor de vários livros e artigos sobre Direito Constitucional, Ciência Política e História Contemporânea. É autor do livro Matar Salazar, O Atentado de Julho de 1937.