Título: Um Auto de Gil Vicente
Autor: Almeida Garrett
Coordenação: Ofélia Paiva Monteiro
Apresentação: José Augusto Bernardes
Coleção: Edição Crítica de Almeida Garrett
Edição: Imprensa Nacional
Data: quinta-feira, 15 de março
Horário: 17h30
Local: Sala Ferreira Lima
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Edição crítica de Um Auto de Gil Vicente, a comédia romântica de Almeida Garrett, levada à cena pela primeira vez no Teatro da Rua dos Condes, em Lisboa, em 1838.
A fixação do texto teve por base a primeira edição, de 1841, que foi sujeita a uma escrupulosa verificação de fontes e dados documentais.
O drama de Gil Vicente que tomei para título deste não é um episódio, é o assunto mesmo do meu drama; é o ponto em que se inlaça e do qual se desinlaça depois a ação; por consequência a minha fábula, o meu inredo ficou, até certo ponto, obrigado. Mas eu não quis só fazer um drama, sim um drama de outro drama, e ressuscitar Gil Vicente a ver se ressuscitava o teatro.
Almeida Garrett
na «Introdução» a Um Auto de Gil Vicente
Pegando na peça de Gil Vicente Cortes de Júpiter, Almeida Garrett desenvolve a sua trama, suscitando o processo metateatral de explorar a «peça dentro da peça». A ação decorre na Corte de D. Manuel I, fixando-se na partida de sua filha D. Beatriz para Sabóia, em resultado do acordo nupcial estabelecido. Neste acontecimento, cujos preparativos decorrem desde o início do 1.º ato, entrelaçam-se várias e enredadas teias amorosas, destacando-se os amores, socialmente inaceitáveis e moralmente reprováveis, entre a Princesa e o poeta Bernardim Ribeiro.
Nesta obra perpassam figuras da época como André de Resende, Bernardim Ribeiro e Paula Vicente, entre outros.
Almeida Garrett
Um Auto de Gil Vicente
Edição Crítica das Obras de Almeida Garrett
Teatro
Imprensa Nacional
2018
304 pp.