Finalmente o verão! Não há tempo a perder. Pegue num bom livro — a Imprensa Nacional tem muitos e bons — e aproveite o sol (e as boas sombras) para fazer o que mais gosta: ler! Sugerimos 10 lugares de Lisboa (ou de lá muito perto) para poder usufruir de todo o esplendor da estação na melhor das companhias. Uns são mais escondidos, outros são mais expostos. Há para todos os gostos! Como os livros!
Para quem gosta de acompanhar a leitura com um café
Pois, Café
Fica situado na freguesia de Santa Maria Maior. É assim chamado — reza a lenda — porque as proprietárias austríacas acharam muita graça à palavra «pois». Entre as almofadas espalhadas por cima dos sofás, existem livros e revistas dispersos pelo espaço (nem todos são em português). Também pode levar o seu para deixá-lo por lá e, se lhe apetecer, leve outro para casa!
Ler Devagar
Uma livraria com dois andares e dois bares onde se pode assistir a concertos, exposições e variados eventos. Com a sua enorme escadaria, foi considerada uma das 10 livrarias mais bonitas do mundo, pela The New York Times. O espaço foi em tempos uma gráfica e ainda se podem ver as antigas máquinas de impressão. Este é o cenário escolhido por muitos leitores que povoam as suas cadeiras todos os dias, na LX Factory, em Alcântara, com o Tejo mesmo em frente.
Ou com mais qualquer coisa
Miradouro do Torel
Originário de uma quinta do início do século XVIII, que pertencia à família holandesa Thorel, este é um dos miradouros menos concorridos da capital. Daqui pode desfrutar da magnífica vista sobre a Avenida da Liberdade, a colina de São Roque e, durante o mês de agosto, de uma praia urbana, para os mais acalorados.
Miradouro Portas do Sol
Junto às traseiras da Sé e do Castelo de São Jorge, é um sitio de onde se vislumbra alguns dos principais monumentos da cidade: o Mosteiro de São Vicente de Fora, o Panteão Nacional, a Igreja de Santo Estêvão… Experimente deitar-se num dos sofás da esplanada — se conseguir lugar. Terá Alfama e o Tejo a seus pés. Se, ao fim da tarde, começar a ficar frio peça uma mantinha.
Se for mais de jardins
Estufa Fria
São mais de 3400 m2 (a contar com a estufa Quente e Doce) bem no centro de Lisboa. Este ainda é um sitio relativamente pouco descoberto pelos turistas (as crianças já o descobriram pelo menos ao fim de semana!). Com pouco mais de 3 euros pode usufruir de todo o esplendor desta pequena selva de temperatura amena. Existem vários bancos espalhados entre os jardins e os lagos. Excelente para pôr a leitura em dia!
Jardim da Estrela
Inaugurado em 1852, já teve estufas, um pavilhão chinês e até uma jaula com um leão.
Além de ler, pode usufruir das várias iniciativas musicais que costumam acontecer no coreto e no jardim ao longo de toda a estação estival.
Quinta das Conchas e dos Lilases
Na terceira maior mancha verde de Lisboa, situada no Lumiar, existe um lugar para todos os gostos. Seja na zona aberta ou florestal, junto aos lagos ou sentado no café, são 24 hectares onde o silêncio está à sua disposição. E o metro para lá chegar também!
Jardim Gulbenkian
Muito procurado especialmente durante a hora de almoço, este espaço já esteve mais vazio mas ainda é possível encontrar-se sossego nos vários recantos escondidos do jardim. Junto dos lagos há patos e tartarugas com fama de darem umas dentadas aos mais desatentos. Fica também a dica, para quem ainda não conhece: visite a fantástica Biblioteca de Arte desta Fundação.
Se estiver para os lados de Sintra
Azenhas do Mar
Esta pequena aldeia a poucos minutos de Lisboa costuma atrair muitas pessoas durante todo o ano pela sua beleza. Junto ao mar, em cima da falésia, encontre um recanto confortável e deixe-se envolver pela atmosfera e pelo som das ondas do Atlântico.
Parque do Palácio da Pena
O jardim romântico conta com mais de quinhentas espécies arbóreas oriundas dos quatro cantos do mundo. Perca-se nestes caminhos serpenteantes e pelo meio faça uma pausa para se perder com a leitura.
E no futuro
Parque Urbano do Vale da Montanha
É um novo espaço verde com 11 hectares que liga a Avenida Almirante Gago Coutinho e a Avenida Marechal António de Spínola, na zona oriental da cidade. Outrora, foi uma zona de hortas, ocupadas nas por construções ilegais. Este parque foi inaugurado no passado 21 de março, precisamente no Dia Mundial da Árvore. Quanto às arvores lá plantadas ainda estão pequenas para que se possa deitar à sombra delas. Mas pode sempre estender a toalha na relva. Este espaço insere-se no programa de expansão Corredor Verde Oriental, que no seu conjunto terá uma extensão de cerca de 150 hectares!